segunda-feira, 1 de abril de 2013

Penélope, Ariadne e eu (de Alma Welt


   A Ronda - Litografia de Guilherme de Faria


  Penélope, Ariadne e eu (de Alma Welt)

Vejam como tudo se esclarece
Sob a luz de um foco de poesia
Que revela a teia que se tece
Quando o dia de novo principia...

De noite desfiamos pra sonhar
O quanto o labirinto nosso pede
Em fio para nos desemaranhar
Na jornada que o próprio fio nos cede.

Vamos e voltamos sem sossego
Procurando talvez matar o touro
Que o coração encerra pelo apego.

Quanto a mim, quando volto para a luz
Já não tenho mais vergonha nem desdouro
De não ser a heroína que supus...

 

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