Este espaço é destinado às diversas séries de sonetos da poetisa gaúcha Alma Welt, que, mais genéricas, não se enquadrem nos outros blogs da poetisa, de séries mais específicas, como os eróticos, os metafísicos, etc. (vide lista de seus blogs)
sábado, 9 de março de 2013
O Saldo (de Alma Welt)
Pampa Vermelho - óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 20x20cm
O Saldo (de Alma Welt)
Afinal compartilhei o meu jardim
Com todos, assim como o casarão;
A coxilha numa terra do sem fim,
O vinhedo e o amor de meu irmão.
Quase tudo reparti, e não sem pejo
Pois era algo maior do que eu mesma,
E nem tudo refletia o meu desejo,
Havia o medo e a abantesma
Nas noites misteriosas e doridas
Que passei, talvez por meus pecados,
Pesada carga das almas divididas...
Sei o saldo desta solitária saga,
Pois livre como os ventos, como os fados,
Acima minha estrela ainda vaga...
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