Este espaço é destinado às diversas séries de sonetos da poetisa gaúcha Alma Welt, que, mais genéricas, não se enquadrem nos outros blogs da poetisa, de séries mais específicas, como os eróticos, os metafísicos, etc. (vide lista de seus blogs)
sexta-feira, 15 de março de 2013
A Corça (de Alma Welt)
Sabdh, a mulher-corça- ilustração de Hester Cox
A Corça (de Alma Welt)
Quisera ser mais simples e inocente
E não ter tido essa louca inquietação
Que cá me fez uma quase aberração,
Sim, vivendo da beleza, mas da mente.
Porém se o coração falou mais alto
Foi em rebeldia, amor e ardência.
Indócil coração, audaz e incauto,
Que mal reconheceu a sua carência.
Eis que alcei-me armada da palavra,
Que nela avistei logo a minha força,
Minha lavoura antiga, minha lavra.
Agora, não fantasma ou abantesma,
Ainda com a aura de uma corça,
Tenho o fio do labirinto de mim mesma...
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