Este espaço é destinado às diversas séries de sonetos da poetisa gaúcha Alma Welt, que, mais genéricas, não se enquadrem nos outros blogs da poetisa, de séries mais específicas, como os eróticos, os metafísicos, etc. (vide lista de seus blogs)
segunda-feira, 2 de julho de 2012
O Anti-brinde (de Alma Welt)
Acovardar-me no último momento,
Temo, Senhor, malgrado as preces minhas
Pois o que me assusta o pensamento
É um parreiral medonho e suas gavinhas
Que produz o vinho amargo avinagrado
Com que brindamos o fim desta jornada
Que nos leva ao mesmo humano fado
Que é nossa passagem para o Nada.
E se nosso destino é mesmo esse,
Senhor, deixai que eu brinde ao meu soneto:
Foi com ele como se me abastecesse...
Deixai também que eu faça um anti-brinde
Rogando a Vós, Senhor, neste terceto:
Afastai de mim o cálice e então vinde
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