Adão e Eva- Afresco de Michelangelo do teto da Capela Sistina, Vaticano
Quê dizer das irrupções constantes
Que nos assaltam, intermitentes,
Surtos de angústia tão freqüentes
Que nos paralisam por instantes?
A consciência súbita que elas são
Do destino final de toda gente,
Nossa herança maldita da expulsão
Carregaremos, assim, eternamente?
O trauma de injustiça tal (divina)
Que nos horroriza ainda e abala
Do flagrante que a inocência mina
Transforma em culpa e até vergonha
Como a das crianças numa sala
Repreendidas por não crerem na cegonha!...
Nenhum comentário:
Postar um comentário