Este espaço é destinado às diversas séries de sonetos da poetisa gaúcha Alma Welt, que, mais genéricas, não se enquadrem nos outros blogs da poetisa, de séries mais específicas, como os eróticos, os metafísicos, etc. (vide lista de seus blogs)
quarta-feira, 4 de abril de 2012
No ombro de meu Vati (de Alma Welt)
Auto-retrato com sua filha Brita, 1895 - Aquarela de Carl Larsson 1853–1919) pintor sueco
No ombro de meu Vati (de Alma Welt)
Lembro-me a mim no ombro do meu Vati *
Quando tudo era paz e alegria
No casarão dos Welt, sem o embate
Entre forças adversas, que viria.
E a cena gravada na memória
Ainda me sustenta no ar vazio
Mas pleno de rumores e de história
Que remontam ao tempo do pavio
De lamparinas e candeias de outra era
Em que me vejo com fita no cabelo
E botinas, que tirá-las, quem me dera...
E agora ao ver o Larsson e sua Brita
Eu pergunto ao Tempo como tê-lo
Em “rewind”, pra fazer voltar a fita...
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Nota
* Vati - pra quem ainda não sabe, esclareço que Vati (pronun. Fáti , papai em alemão, de Vater, pr. Fáter, pai) é como Alma chamava seu pai, Werner Friedrich Welt.
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