Este espaço é destinado às diversas séries de sonetos da poetisa gaúcha Alma Welt, que, mais genéricas, não se enquadrem nos outros blogs da poetisa, de séries mais específicas, como os eróticos, os metafísicos, etc. (vide lista de seus blogs)
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Daimon (de Alma Welt)
Daimon * (de Alma Welt)
Que imensa ilusão é a vida nossa
Mormente com o que fazemos dela,
Tão distante da chama de uma vela
Quão da lua refletida numa poça
Que unos nos faziam e mais inteiros,
Como observar nossa animália
E o belo crescimento dos canteiros,
Ciclo vital que pouco ou jamais falha...
Ah! Ambição e os sonhos de grandeza
E mesmo os de amor eternizado
Em cenário duvidoso de beleza!
Riqueza e glamour, quanta inocência!
Nossos nomes nas bocas e aclamado,
Nosso daimon a serviço da demência...
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Nota
* Daimon - Segundo o escritor Nelson Rego o daimon, para os antigos gregos, é tanto a natureza externa quanto a interna. É a potência para perseguir o que faz falta. Ao mesmo tempo interno e externo, ele é o indivíduo e algo além do indivíduo. Em princípio, nem bom, nem mau – mas, com certeza, forte –, o daimon pode ser a correnteza que leva para qualquer direção. O indivíduo pode ter êxito com esse algo que está além e o habita. E pode também ser esmagado pela força tremenda que ele traz.
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