Quando o teto do soneto está aberto
Ponho-me debaixo e colho versos
Mas mantendo o passo muito perto
Para tê-los bem coesos, não dispersos.
E é assim que os tenho em catadupa
Mordendo os calcanhares do Mattoso *
Ou já cavalgando-lhe a garupa
Sem cópias e igualmente copioso...
E os belos versos já com suas rimas
Caem, pois, nas minhas mãos e na cabeça;
Só não faça isso em casa! A rede teça,
Pois um desastre pode te tirar de cena
Ou te mandar direto para Minas
Mas para uma horrivel Barbacena...
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18/09/2022
Nota
*Alusão ao poeta Glauco Mattoso, que, como a Alma, dizem, escreveu mais de cinco mil sonetos.
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