Eu que vivo aqui no pampa, fim do mundo,
Da Paulicéia Desvairada, sim, me lembro,
E saudades guardo dela bem no fundo,
Quando posava no frio de Setembro,
Sim, nuinha em pelo, sem arreios,
Para o meu pintor embevecido
Que se esmerava nos meus seios
Ou neste corpo todo reaquecido
Por um olhar agudo e amoroso
E as as carícias dúbias de pincel
Ocultas mas que imaginar já ouso.
Logo, finda a pose, então me erguia
E corria para olhar-me tão sem véu,
Enquanto ele, minha pele conferia...
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18/09/2022
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