domingo, 18 de setembro de 2022

A "levada" do Soneto (de Alma Welt)


A "levada" do Soneto (de Alma Welt)
Tenho tanto o que dizer e mesmo digo
Pois sobre quase tudo me debruço
Menos sobre o fútil e o soluço
Que não de dor, pois qualquer outro não ligo.

Sou humana, quase tudo me concerne
Mas jamais perco tempo em ninharias
Que nunca acalento no meu cerne,
Que me levanto cedo em manhãs frias...

Espartana? Nem tanto, mais pra Atenas
Que de artes marciais não manjo nada
E aprecio mais a pena que a espada...

Com pão, mas sem brioches nem empada,
Por certo sobrevivo a duras penas
Pois é só de soneto minha "levada"...
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18/09/2022

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