Os Páramos Perdidos (de Alma Welt)
De manhãzinha eu saía a passear
Com meu cãozinho branco como eu mesma,
E de brancos papéis levando a resma
Pros sonetos que colhia em pleno ar.
Como eram belos meus páramos perdidos!
E a Árvore Sagrada se avistava
Sem as malícias de frutos proibidos,
Eu merecia tudo o que eu amava...
Eu podia andar a esmo, sem perigos
Que mais tarde atrairia sem querer,
Clara fonte de desejos inimigos...
Perdida, mas sem culpa, a inocência
Só me restava a recusa de sofrer
Que do poeta é a malograda essência...
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21/12/2021
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