A Árvore dos Tormentos (de Alma Welt)
Deparou-se-me em meio do caminho.
Vinha eu nua, sem sequer a "mãe do vinho",
A tal folha inimiga da torcida...
Mas distante estava eu do Paraíso
Sem o fruto proibido da serpente,
Já que estando perdido o meu juízo,
Só me restava agora ir em frente.
As curvas tormentosas de seu tronco
Eram, pois, de feição a amedrontar-me
Qual se delas emanasse um surdo ronco.
Eis que então eu aceitei-lhe o desafio:
Era o Mundo, eu sei, e eu devo dar-me,
A inocência já perdida ou por um fio...
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21/12/2021
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