E que se dá em meio à fantasia,
Me lembro, tive eu em tenra idade
Ao velar o cadáver de uma tia.
Nossa triste condição se apresentou
Aos meus olhos muito abertos, de menina,
E mais, à outra brecha que encontrou
E que foi, infelizmente, minha narina...
O odor deletério (eu percebia)
Se insinuava no velório e na casa
E eu senti que do cadáver ele saía.
E eu quis perguntar para um adulto:
"Senhor, a alma cheira quando vasa?"
Mas por sorte percebi ser um insulto...
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17/12/2020
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