De não mais querer sequer nele viver.
Entretanto meu cenário era aprazível
E eu ainda tinha flores pra colher...
Então me apercebi contaminada
Pelo mesmo "mal do mundo" incipiente
Que moldou a Criatura revoltada
Contra o Criador e sua semente...
Então num auto-exorcismo até banal
(pois excluía o restante ritual),
"Vade retro!" exclamei, exagerada...
E acreditem, fiquei leve de repente:
Não mais tinha a companhia da Serpente,
Não queria um "mundo novo" pra mais nada...
.
18/12/2020
Nota
Para quem não entendeu o subtexto deste soneto, eu explico: a poetisa Alma, com a expressão "mundo novo" está veladamente se referindo à falaciosa promessa do socialismo/comunismo, de um mundo ideal, que costuma contaminar os jovens idealistas, secretamente chamados de "idiotas úteis" pelos próprios comunistas (a "Serpente")...
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