Jamais me viram pelo em ovo procurar
E também não esmurrei ponta de faca;
Pelo nariz jamais alguém vai me levar
E eu nunca enfiarei o pé na jaca.
Assim dizia eu com meus botões
Embora sejam mudos como peixes;
Jamais chorei de mágoa aos borbotões
E não implorarei que não me deixes.
E então sacudo o jugo, de repente,
Dos lugares comuns e dos chavões
Que estavam a acorrentar a minha mente...
E eis-me livre, afinal, e sem doutrinas
Nem slogans, ditos, lemas, posições,
Reenviadas ao fundo das latrinas...
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29/08/2017
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