Os minutos, pressupostos pretendentes,
Me cercam pressionando-me a cabeça:
Descobriram o meu truque e, exigentes,
Minha teia esperam que eu desteça.
Dizem: Alma, tua mania de soneto
Te afastou de toda sociedade,
Prendendo-te e jogando-te num gueto
Com muros de palavras, na verdade...
Alma, quem se foi ou quem esperas,
A cada verso urdindo a tua trama
Quando fora rolam mundos e esferas?
E eu digo: minha teia é um painel
Da vida, mas que cabe a uma dama
Como abelha destilando o próprio mel...
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05/08/2017
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