Este espaço é destinado às diversas séries de sonetos da poetisa gaúcha Alma Welt, que, mais genéricas, não se enquadrem nos outros blogs da poetisa, de séries mais específicas, como os eróticos, os metafísicos, etc. (vide lista de seus blogs)
segunda-feira, 18 de julho de 2016
O Imaginário (de Alma Welt)
Ser poeta é ter o dom de admirar
O minuto que passa e que é tão belo, *
Sem jamais fazer sua alma pactuar
Com miragens do poder e seu castelo.
O mundo, já o tenho em minha palma
E bem posso desfrutar de seus prazeres
Pelos próprios recursos de minha alma,
E esta, sim, tem quase todos os poderes...
Um recurso nos foi dado já, de graça,
Para usufruirmos do universo
Sem por isso correr risco de desgraça,
O Imaginário é essa luz sagrada
Que compensa uma vida fracassada
Com a simples maravilha de um só verso...
.
18/ 07;2016
Nota
*O minuto que passa e que é tão belo - Alusão aos termos do pacto de Fausto com Mefistófeles (no poema de Goethe): Fausto, o grande entediado, perderia a sua alma no momento que capitulasse diante das dádivas milagrosas oferecidas pelo diabo, e dissesse "ao minuto que passa": "Pára, és tão belo!"
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