Este espaço é destinado às diversas séries de sonetos da poetisa gaúcha Alma Welt, que, mais genéricas, não se enquadrem nos outros blogs da poetisa, de séries mais específicas, como os eróticos, os metafísicos, etc. (vide lista de seus blogs)
quinta-feira, 23 de junho de 2016
Alma em processo (de Alma Welt)
"Vai, dedica-te aos outros", disse alguém.
E eu fiquei perplexa de imediato.
Ainda não sei bem de mim também
E preciso me formar pra ser de fato!
Ser um rio ou estender a minha mão,
"Mas não serei (disse Nietzsche), sua muleta". *
Inacabada, estou só e em construção
E ainda hoje a coisa ficou preta...
Mantenho minha cabeça fora d'água ,
Mas com sério perigo de afundar.
Se cuido mal da alma, a perco, estrago-a
E só meu ego é que me ergue de manhã.
Minha luta está somente a começar,
Nem sei se é fecunda ou quanto é vã...
.
23/06/2016
Nota
* a frase completa de Nietzsche é assim: "Eu posso ser um anteparo na margem de um rio para quem quiser agarrar-me. Mas não serei sua muleta". ( Assim falava Zaratustra, F. Nietzsche)
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