segunda-feira, 13 de abril de 2015

Eis o homem (de Alma Welt)

Empilhador de pedras e de orgulho,
Eis o homem, esse ser alucinado,
Amontoando maravilhas e entulho
Enquanto, falso humilde, prosternado.

Báh! Como se ajoelha ante os deuses!
Ou mais medroso, concentrado num Deus só,
A quem hospeda sempre ao fim dos meses
E que em um piscar de olhos vira pó:

O Dinheiro, tirano sobre a Terra,
Mais cruel que o último Anticristo
Cuja torpe natureza mais aberra

Quando, falso dadivoso, legitima
Sua outra faceta, a de bem visto,
Como a dúbia festa sua de vindima...

Nenhum comentário: