segunda-feira, 13 de abril de 2015

A guarda-costas (de Alma Welt)

                                        A pinguela- óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 2015

A guarda-costas (de Alma Welt)

Audaz atravessando uma pinguela
Fui criança destemida num jardim
Seguida pelo olhar de uma donzela
Que, bela, havia sempre atrás de mim.


Os anos se passaram, não a vi mais,
E cheguei a pensar num serafim
Que tardei a perceber que sou capaz
De revê-la quando chegue o nosso fim.

Pois que ela sou eu mesma num futuro
Avançado de minha alma que me guarda
E me protege as costas como um muro.

Dupla Alma, enfim, eu sempre a soube
Pois preciso ser vanguarda e retaguarda
Para ser a poetisa que me coube...

Nenhum comentário: