Senhor Deus onipotente das esferas,
Que um universo rolas sem sentido,
Perdoa a quem tanto desesperas
E essa falta de fé com que mal lido.
Me criaste quase à tua perfeição
Mas por esse "quase" abandonaste
Um pouco antes do tempo o coração
Que carente resta como um traste.
Como posso crer em ti, Senhor dos astros
Quando na vizinhança um guri chora
Envolto em dores, feridas e emplastros?
Se não pode um Poder vir em socorro
Pelos próprios desígnios que elabora,
Então, cara ou coroa, vivo ou morro.
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