A bruma - óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 1977
A casa vazia (de Alma Welt)
Agora que as cobranças terminaram
E não podem me pedir senão poesia,
Beleza, somente, que é o que me guia,
E sempre devida aos que me amaram,
Ainda dou-me o luxo da distância,
Do silêncio e solidão contemplativa
Que emanam dos campos desta estância
De onde eu mesma sou a patativa...
Senhor, o quê quereis, que vens de longe?
Pouco posso servir além do amargo,
E não sois certamente nenhum monge...
A casa está vazia e assombrada
Mas deitareis comigo, sem embargo,
Se me amares como outrora fui amada...
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