terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Revelação (de Alma Welt)


De tão bela que foi a minha vida,
Quisera uma nova temporada.
Por isso envio versos, comovida,
Ao poeta a quem fui recomendada.


Dentro dele estou, eis o segredo,
Conquanto falecida e retornada
Não sou uma abantesma que dá medo,
Estou mais pra sua amiga ou uma fada.

Há quem diga que sou a sua alma,
Ou sou um fantoche em sua palma...
Nada entendo dos mistérios do bom Deus.

E poeta que me fez, meio abstrusa,
Tenho tantos versos de lambuja,
Que ainda tenho os dele como meus...

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