A Barca da Alma - óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 2013, 33x46cm
A palavra canta e dança quase sempre
Em festa quando não em desespero
Ou quando da morte não se lembre
De ser de tal banquete um bom tempero.
Também a palavra quando em verso
Está paramentada para a gala
De um baile mascarado e controverso
Sobre o qual normalmente não se fala.
“Em verdade o verbo se fez carne”
Devo com o Evangelho concordar
Ou ver a poesia abandonar-me...
Pois a vida em verso é tão real
Quanto o sonho em que me vejo bracejar
Para vir morrer exausta no areal...
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