sábado, 5 de janeiro de 2013

Fechando para balanço (de Alma Welt)

 
Quantos versos afinal ainda restam
Que me venham só da alma ou coração?
Os verdadeiros, e não os que se prestam
A algum outro propósito ou missão...

Não, não posso assumir o compromisso
De ser, pois, edificante ou moral.
Meus versos contêm tudo, menos isso.
Talvez nem sejam publicáveis em jornal...

Mas cantar livremente a alegria
Tanto quando as dores e vergonhas,
Que tudo é matéria de poesia...

E então, as confissões inconfessáveis
Que outros só expõem às suas fronhas
Na calada das noites insondáveis...
 

Nenhum comentário: