Foto de Yaroslav Datta
Eu, Heterônimo (de Alma Welt)
Poeta que se sabe um heterônimo,
Toda minha existência é no papel,
Eu, Heterônimo (de Alma Welt)
Poeta que se sabe um heterônimo,
Toda minha existência é no papel,
Orgulhosa de não ser um pseudônimo
O meu próprio nome é meu troféu.
Pois vivo, fui criada ou me criei
Não está claro e seguro nem pra mim
Que ao longo dos versos me forjei
Como também nos versos tive fim.
Pois por eles, onde soube minha saga,
No velório descrevi meu corpo nu
E minha própria mão meu rosto afaga...
Mas a morte que encontrei sem o alfanje,
Tenho receio de contar em tom mais cru
Pois ao próprio criador ela constrange
O meu próprio nome é meu troféu.
Pois vivo, fui criada ou me criei
Não está claro e seguro nem pra mim
Que ao longo dos versos me forjei
Como também nos versos tive fim.
Pois por eles, onde soube minha saga,
No velório descrevi meu corpo nu
E minha própria mão meu rosto afaga...
Mas a morte que encontrei sem o alfanje,
Tenho receio de contar em tom mais cru
Pois ao próprio criador ela constrange
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