Página de um códice de Leonardo Da Vinci
Sinto o tempo por meus dedos escorrer,
Que nada posso fazer para detê-lo
Senão na memória me rever
E correr para trás, a contrapelo,
Até chegar ali no aconchego
Desse círculo dos dias encantados
Em que tudo era amor e não apego,
Que é o afeto dos desesperados...
Então viver, eu me sinto, e reviver
Mil vezes a saga que me coube,
Que nada do que fui pude esquecer...
Por isso num descomunal diário,
Como códice, leio-me ao contrário
Por ter o fim comum que eu sempre soube...
Até chegar ali no aconchego
Desse círculo dos dias encantados
Em que tudo era amor e não apego,
Que é o afeto dos desesperados...
Então viver, eu me sinto, e reviver
Mil vezes a saga que me coube,
Que nada do que fui pude esquecer...
Por isso num descomunal diário,
Como códice, leio-me ao contrário
Por ter o fim comum que eu sempre soube...
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