Quem passar por aqui meio ao acaso
Me verá contando sílabas nos dedos,
Doze sempre, mesmo, sem atraso
Como as badaladas, mas sem medos.
Tudo é doze em minha vida alexandrina
E gosto de rimar como os antigos
Dois a dois em versos como amigos
E não como Israel e Palestina.
"Nessa dodecafonia sem parar
És absurda, Alma, e anacrônica,
Para somente uma dúzia reparar..."
Respondo: cada qual com sua mania,
E mais: vez por outra escrevo crônica
Mas só pra pausa do soneto ao meio dia.
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02/09/2020
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