quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Sempre Doze (de Alma Welt)

Quem passar por aqui meio ao acaso
Me verá contando sílabas nos dedos,
Doze sempre, mesmo, sem atraso
Como as badaladas, mas sem medos.

Tudo é doze em minha vida alexandrina
E gosto de rimar como os antigos
Dois a dois em versos como amigos
E não como Israel e Palestina.

"Nessa dodecafonia sem parar
És absurda, Alma, e anacrônica,
Para somente uma dúzia reparar..."

Respondo: cada qual com sua mania,
E mais: vez por outra escrevo crônica
Mas só pra pausa do soneto ao meio dia.

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02/09/2020

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