O poeta em mim é um compassivo
Aplicando-me um respiro boca a boca,
Ou então um analista, que passivo,
Consegue evitar que eu fique louca;
É um piromaníaco que é bombeiro
Que pra mostrar serviço o fogo ateia,
E entra nele de alma e corpo inteiro,
Que uma vez apagado se chateia...
É um cobrador de dívidas ferrenho,
Aquelas, enterradas, do passado,
Que ressuscita e cobra entusiasmado.
Será, por fim, o funerário agente
Que colocará talento e engenho
Maquiando o meu cadáver sorridente...
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21/09/2020
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