Que eu não precise ser salva de mim mesma
Por meu louco entusiasmo pela vida,
Ou, ao contrário, por estar tão deprimida
Parecendo de mim meu abantesma;
Que a minha sobriedade sobreviva
Ao desafio da solidão ou tédio;
Que do amor o desencanto jamais sirva
De pretexto para eu pular do prédio;
Que nunca me envergonhe da bondade
De um momento frágil de pieguice
Que me faça perder a acuidade...
E se esta prece vos digneis ouvir,
Senhor, peço-vos, poupai-me da velhice
Que me daria isso tudo sem pedir...
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20/09/2020
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