Só confio na face das crianças
Pois não contêm a sombra da malícia,
E o véu que forma as esperanças
Ainda não caiu, como primícia
De algo que o despertar descubra
Quando a gente então máscara veste
P'um baile que terminará em peste
Ao desvelar a infame Morte Rubra.
É aí que o pesadelo então começa
Quando o baile ainda é belo e extasia
E ainda não se vê quem se despeça.
E a cair, um por um, então nos vemos
Sem dar tempo de tirar a fantasia
Para voltar à face que escondemos...
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01/09/2020
Nota
*A Máscara da Morte Rubra - título de um famoso conto de terror de Edgar Allan Poe.
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