Deus me deu a mão para o soneto
E muitas vezes não paro de pari-los
A ponto (já que não me submeto)
Quererem-me abatida, sim, a tiros.
Mas que posso eu fazer? É mão pro sal
Se eu fosse dessas boas cozinheiras
Que, loucas, na cozinha, em frigideiras
Fazem quitutes pra recruta e marechal.
Depois, quem vai calar um estro desse?
Não devo nada a não ser ao Pai do Logos,
Que, se não me aplaude e solta fogos
Também não empata os meus sonetos
E nem disse, a quem cozinho, que comesse,
Deixando-me ao sabor dos meu galetos...
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23/04/2020
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