Questionar a existência e seu declínio
Foi-me sempre uma coisa recorrente
Desde que me foi dado o raciocínio
E no auge do poder de minha mente...
Perderei minhas memórias tão queridas
Um dia velha e carente de razão?
Eu que me nutro de meus gozos e feridas
Rumarei a uma implacável escuridão?
Quando medito nisso a voz me treme
E eu, a bordo de uma nave decidida
Me dou conta de que me falta o leme...
E gargalho qual marujo enlouquecido
Que ainda lembra da hora da partida
Os acenos, o apito, o cais perdido...
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20/02/2018
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