Minha pátria trago em mim em carne viva
E sangra quando a choro pelas noites,
Por toda essa baldada tentativa
De sorrir e libertar-se dos açoites.
Meu país fracassado, tão bonito,
Mas viola embolorada no seu bojo,
De caráter fraco, afeito ao mito
Do gigante que agora me dá nojo.
E me sinto como a mãe trazendo meia
Ao filho delinquente, que aos sussurros,
Lhe pede alguma droga na cadeia..
E penso como ela que ainda ama:
"Só lamento tenhas dado com os burros,
Nem sequer foram na água mas na lama..."
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11/02/2018
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