A tapera do fim do mundo - óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 2015, 30x40cm
Fui até o fim tristonho do meu mundo
Lá mesmo onde fica uma tapera
Em que me vejo só e mais a fundo
E onde meu eu real a mim me espera.
Fica lá onde o arroio corre, do Chuí
O extremo do extremo do meu pampa
Onde o frio minuano dobra ali
E volta porque encontra sua campa...
Ó solidão extrema, insustentável,
Que a nenhum vivente coube igual
Que se mantivesse ainda amável!...
E eu acordo ofegante e esbaforida
Procurando em torno meu quintal
Onde rica minha alma tem guarida...
04/05/2016
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