Este espaço é destinado às diversas séries de sonetos da poetisa gaúcha Alma Welt, que, mais genéricas, não se enquadrem nos outros blogs da poetisa, de séries mais específicas, como os eróticos, os metafísicos, etc. (vide lista de seus blogs)
quarta-feira, 18 de maio de 2016
A sibila líbica (de Alma Welt)
A Sibila Líbica - de Michelangelo (Capela Sistina)
A sibila líbica (de Alma Welt)
*Rafisa, a minha líbica sibila
Cigana, respondendo ao meu anseio
Sobre tudo em que meu saber vacila
Me disse pondo a mão sobre o meu seio:
Alma, és o universo feminino
Com tudo o que nele está oculto
E teus versos de desvelo sibilino,
Objeto serão de novo culto.
As coisas que se escondem nas caladas
Das mentes mais brilhantes contra o vulgo,
Haverão de ser um dia reveladas.
E nesse dia, teu nome se erguerá
Como um flor nascida no refugo
De um século de horror e Deus-dará...
.
18/05/2016
Notas
* Rafisa- este é o nome da cigana profetisa que se tornou amiga da Alma Welt quando sua tribo acampou pela primeira vez nas terras da família Welt (estância Santa Gertrudes) no pampa riograndense. O artista plástico e poeta Guilherme de Faria a retratou no seu mais famoso cordel "Romance da Vidência" Vide www.guilhermedefariacordel.blogspot.com
A sibila líbia ou sibila líbica era a sacerdotisa profética que presidia o oráculo de Zeus Amon (Zeus representado com os chifres de Amon) no oásis de Siva no deserto da Líbia.
A palavra «sibila» procede, através do latim, do grego σίβυλλα sibylla, ‘profetisa’. Havia muitas sibilas no mundo antigo, mas a sibila líbica predisse a «chegada do dia em que tudo o que está oculto será revelado».
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário