sexta-feira, 2 de maio de 2014

O Eterno Jogo (de Alma Welt)


                                       O castiçal e o jogo de cartas - Georges Braque, 1910


O Eterno Jogo (de Alma Welt)

Hei de saber o sentido disso tudo,
Por quê tantos poemas e delírios,
Por quê tudo é cambiante e eu não mudo
Mas fico em mim fluindo como os rios?

Hei de saber o porquê de ser poeta
Quando em volta nada corrobora
E todos têm em mente outra meta,
A jogar como se nada fosse embora.

Vão-se as horas, minutos e os segundos
E eu só penso em torná-los tão floridos
Como aqueles terrenos mais fecundos...

Mas finalmente cercada de beleza
Que transformei dos lances mais doídos,
Porei as minhas cartas sobre a mesa...

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