terça-feira, 15 de abril de 2014

A Razão do Soneto (de Alma Welt)

                          O Pampa de Alma Welt - de Guilherme de Faria, 2002

 
A Razão do Soneto (de Alma Welt)

Fiz o que pude embora fosse pouco
Pra deixar algo de belo e também bom
Neste mundo, convenhamos, meio louco,
Sem precisar mudar o timbre e o tom.

Fluidos versos, catorze, e mais a rima,
Doze sílabas por puro e vão capricho;
Uma canção, uma festa, uma vindima,
Onde encontrei meu verdadeiro nicho.

Mas por quê ?- me perguntas- quê diabo
Te fez querer esse esdrúxulo formato
Como se fora a baba do quiabo?

Manter minha rédea curta, isto sim,
Não pra evitar a disparada pelo mato,
Mas porque a terra é plana e não tem fim...

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