Este espaço é destinado às diversas séries de sonetos da poetisa gaúcha Alma Welt, que, mais genéricas, não se enquadrem nos outros blogs da poetisa, de séries mais específicas, como os eróticos, os metafísicos, etc. (vide lista de seus blogs)
domingo, 13 de abril de 2014
Propósito (de Alma Welt)
John Keats ouvindo o rouxinol- de Joseph Severn 1845
Propósito (de Alma Welt)
Que Deus me guarde de toda fealdade,
Sobretudo da que possa haver em mim.
Mas se é da alma a responsabilidade,
Toda maldade, por grotesca, terá fim.
A Verdade e a Beleza andam quites,
De guardá-las trata enquanto podes.
A Beleza é a Verdade disse Keats
Na mais pura e bela de suas odes.*
Cantemos e dancemos entre as flores
Mas não deixemos de o solo nu pisar
Onde brotam as mágoas e as dores.
Se ao carente for capaz de dar beleza
Pelo pão que não me sobra para dar,
Possa ao menos enfeitar nossa pobreza...
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Nota
* A Beleza é a Verdade disse Keats
Na mais pura e bela de suas odes.* - Alma alude à "Ode a uma Urna Grega", um dos mais famosos poemas de John Keats. Os dois últimos versos são assim:
"Beauty is truth, truth beauty,"
that is all Ye know on earth, and all ye need to know.
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