O Livro Preto (de Alma Welt)
Bem sei que os meus dias são contados,
E quem não os tem no Livro Preto?
Mas sabê-lo é o pior dos tristes fados,
Pois tal cômputo outrora era secreto.
Agora... como voam as minhas horas!
E não tenho o fecho pro arremate
Do meu último soneto de demoras
Enquanto aguardo o verso que me mate.
Então fico na varanda a olhar o sol
Que é como me consolo de morrer
Sonhando com meu último arrebol.
Debalde! Não me adianta o expediente,
Pois quanto mais intensamente sinto ser
Mais me dói abandonar a minha mente...
Bem sei que os meus dias são contados,
E quem não os tem no Livro Preto?
Mas sabê-lo é o pior dos tristes fados,
Pois tal cômputo outrora era secreto.
Agora... como voam as minhas horas!
E não tenho o fecho pro arremate
Do meu último soneto de demoras
Enquanto aguardo o verso que me mate.
Então fico na varanda a olhar o sol
Que é como me consolo de morrer
Sonhando com meu último arrebol.
Debalde! Não me adianta o expediente,
Pois quanto mais intensamente sinto ser
Mais me dói abandonar a minha mente...
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