Desenho de Guilherme de Faria, 2012
Quando a abandonar-me estou prestes
E a volúpia me toma o corpo inteiro,
Tu, dama vigilante, me apareces
Tão composta, vestida com esmero.
E ao lado do meu corrompido leito
Permaneces qual visita de doente
Até eu ter vergonha do meu peito
E cobri-lo com um gesto ineficiente.
Pois começo a sentir-me como aquelas,
Pobres mulheres das casas de Argel,
Les chiennes, nada mais do que cadelas,
Mas de outros tempos, no Oriente,
Quando minhas fantasias de bordel
Não eram só poesia decadente...
Tão composta, vestida com esmero.
E ao lado do meu corrompido leito
Permaneces qual visita de doente
Até eu ter vergonha do meu peito
E cobri-lo com um gesto ineficiente.
Pois começo a sentir-me como aquelas,
Pobres mulheres das casas de Argel,
Les chiennes, nada mais do que cadelas,
Mas de outros tempos, no Oriente,
Quando minhas fantasias de bordel
Não eram só poesia decadente...
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