Alma e o mar- óleo s/ tela de Guilherme de Faria
A Esperança (de Alma Welt)
A Esperança é vaga e indefinida,
Vale por si só e nos sustenta;
Jamais cerceada se intimida,
Mas relacionada se apoquenta
A Esperança é vaga e indefinida,
Vale por si só e nos sustenta;
Jamais cerceada se intimida,
Mas relacionada se apoquenta
E mostra sua malícia e faz suspense
Furtando-se a nos dar os seus favores,
Mostrando que não vale o que se pensa
Mas a realidade dos horrores.
Pra quê serve então a Esperança?
(argüireis, quase já desesperados)
Se com ela a meta não se alcança?
Um horizonte longínquo descortina
E na aurora uma face de criança,
Que é tudo a que a alma se destina...
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