A piorra e o carvalho (de Alma Welt)
É precário o equilíbrio do viver.
Como uma piorra num barbante
Oscilamos e caímos num instante
Se deixamos a inércia nos vencer.
É precário o equilíbrio do viver.
Como uma piorra num barbante
Oscilamos e caímos num instante
Se deixamos a inércia nos vencer.
Há quem acredite em estar parado
Para fruir o fluxo da vida
Como um carvalho bem plantado
Que aos pássaros e homens dá guarida.
Não há como não louvar suas raízes,
Seu grosso tronco e copiosa fronde
Que a partir do outono tem matizes...
Mas sou pobre piorra desraigada
Que oscila, canta e nada esconde,
E girando mantenho-me aprumada...
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