domingo, 15 de junho de 2008

De sonhos e de vinhos (Alma Welt)

Os sonhos dos meus antepassados
Perpassam os meus sonhos, eu percebo,
E nem por isso são sobressaltados
E assim posso amá-los e os recebo

Densos, encorpados, como o vinho
Que nos legaram em torno ao casarão
E sob os meus pés, que os adivinho
Dormitando mansos no porão.

E quando vêm à mesa entre risos
E o tilintar dos brindes e desejos
Trazem lágrimas de amor por entre beijos

Que estalam nos lábios como guizos
De uma canção herdada dos avós
Ou de um só coração dentro de nós...

17/08/2006

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