Altas horas, o sono interrompido
Pelas batidas do relógio pendular
De meu avô, o boche pouco lido
Que o instalou na sala de jantar
Para ser um marco ou referência
De sua passagem tão austera
Por este casarão e sua esfera:
O vinhedo, o pomar e a querência...
Então eu me levanto e saio nua
Quando estamos do verão no suadouro
Ou de camisola, menos crua,
Para ir ao mundo dos meus livros
Pousados nas estantes, logradouro
Dos mortos que permanecem vivos.
17/12/2006
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