Pelos amores que quis ou que vivi
Nos dias e nas noites estreladas,
Em apelos à lua e às amadas
Estrelas cujas luzes recebi;
Pelo dom que assim me fora dado
Quando erguida nos braços de meu Vati
Fui consagrada como ser predestinado
A ser um ser de luzes, mesmo um Vate;
Pelas doces coisas que me deram
Aqueles que tão logo rodearam
A guria que em contentar se esmeram,
Mimada, servida, tão louvada...
E a alguns que até me bajularam
Como se princesa fora... OBRIGADA!
16/01/2007
Nota
Descobri nesta madrugada este sugestivo e comovente soneto de minha irmã, que ao mesmo tempo que reflete seu reconhecimento pelos privilégios de sua vida, soa como uma despedida, sim, um agradecimento final de quem está prestes a sair de cena, o que ocorreria quatro dias depois, no fatídico 20/01/2007. E novamente chorei... (Lucia Welt)
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