Como o Corisco no meio da caatinga, *
Medo do frio que sobrevém ao corte,
E do silêncio que finalmente vinga.
Tenho medo do aniquilamento
Do ego longamente acalentado
Para nada, ou vislumbre de momento,
Para logo se apagar não anotado,
Duas datas somente, o tal resumo
Da ópera que foi a nossa vida,
Talvez um epitáfio como sumo.
Por isso arte, Arte, luta contra o Nada
Uma ilusão talvez, ingênua lida
Da alma eternamente inconformada...
.
16/06/2018
Nota
*Tenho medo da solidão da Morte,
Como o Corisco no meio da caatinga - Alma está certamente aludindo ao belo monólogo do cangaceiro Corisco de São Jorge, o Diabo de Lampião, no filme "Deus e o Diabo na Terra do Sol", vivido maravilhosamente pelo grande ator Othon Bastos, na obra-prima de Glauber Rocha: "Tenho medo da Morte, Silvino. Tenho medo do frio e da solidão da Morte... " No filme segue-se uma maravilhosa oração de fechamento do corpo do personagem Corisco, sempre em forma de monólogo poético.
*Tenho medo da solidão da Morte,
Como o Corisco no meio da caatinga - Alma está certamente aludindo ao belo monólogo do cangaceiro Corisco de São Jorge, o Diabo de Lampião, no filme "Deus e o Diabo na Terra do Sol", vivido maravilhosamente pelo grande ator Othon Bastos, na obra-prima de Glauber Rocha: "Tenho medo da Morte, Silvino. Tenho medo do frio e da solidão da Morte... " No filme segue-se uma maravilhosa oração de fechamento do corpo do personagem Corisco, sempre em forma de monólogo poético.
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