Deus não falou no "medo", em seu furor,
Limitando-se a citar suor e pão
E também ao terrível parto em dor,
Estes anátemas cruéis da expulsão.
Mas o medo... báh! o medo os supera
Como perfeita maldição a qualquer um,
Pois se a morte incontornável nos espera
Bem podia ser banal, sem dor, comum...
Mas não! Esse fantasma nos assombra
Pois de um minuto vivido, salvo e são,
Era do minuto a própria sombra.
Medo: lado mais mesquinho do castigo,
Nos retira o sabor do próprio pão
E duplica a dor que o parto traz consigo.
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02/06/2018
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