terça-feira, 28 de novembro de 2017

Para amar a Alma (de Alma Welt)

Não temais, meus amores, meu mistério,
Embora digam que deveis temê-lo...
Se meu coração é um eremitério,
O é em plena primavera de degelo.

Só acolho o solitário, é bem verdade.
Aquele de exigente natureza,
Ou o que renunciou à sociedade,
Moderno Prometeu de alma presa.

Não quero o bom guri, eterno infante
Que só pensa na vida em divertir-se;
Devo, pois, evitá-lo como amante...

Então venha, meu amor, mas reverente:
Meu coração é tal como a deusa Circe,
Tudo que toca é seu eternamente...

.
28/11/2017

Nenhum comentário: