Interpretar o mundo é o que me cabe
Pois a poesia não passa senão disso:
Uma janela num muro que se abre,
Uma lunática luneta, um compromisso
Com toda presença morta ou viva,
E a ciência de descrever as almas
(um tanto empírica e instintiva)
Como cigana a ler as nossas palmas.
Pouco levada a sério é esta Poesia,
Como se fora brinquedo de criança
Ou recurso de quem já se enfastia.
Mas olha, um bom verso descortina
A tua mesma alma em confiança
Respeitando teu silêncio e tua sina...
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18/04/2017
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